segunda-feira, 7 de abril de 2014

Para se sentir em casa basta estar com quem amamos

Vou começar o post de hoje com um curta maravilhoso que assisti outro dia. Ele faz pensar na vida, no amor, no que significam nossos sentimentos e em não desistirmos facilmente dos nossos sonhos.

http://youtu.be/4iJBYkId6Bo





Depois de assistir esse vídeo, comecei a pensar que para amar é preciso ter coragem. Quando nós temos medo, e desistimos de falar ou demonstrar o que sentimos, então nada acontece. É preciso avançar, dar um primeiro passo. E esse passo é termos mais confiança em nós mesmos, como a garota do vídeo, que começou a cantar mesmo sendo tímida. Ela tentava chamar a atenção do rapaz de quem gostava, e então isso foi dando mais força a ela. Só que ainda assim o plano não dava certo, e na vida isso às vezes também acontece com a gente. Só quando ela percebeu o porquê é que tudo fez sentido.

Lembro que comigo também foi preciso ter coragem para falar pro Lucas de que o amava. Quase três anos depois disso, sinto que foi uma das melhores decisões que tomei. Assim como a de estudar algo que amo, que é um outro tipo de amor totalmente diferente, mas que me faz muito feliz. Amo o jornalismo. Amo até mesmo o marketing, do qual tanto reclamava antes, rsrs.

Mas vamos lá, quem nunca antes fez algo querendo agradar alguém e a reação da pessoa não foi a esperada? Para amar alguém de fato, devemos conhecê-la melhor, tanto que quando ela descobriu mais sobre ele, pôde cantar de um modo que ele a entendesse.

No cotidiano, fazemos o uso de uma língua para nos comunicarmos, mas e no amor, será que é preciso toda uma outra linguagem para sermos bem compreendidos? E qual é o segredo dessa comunicação? Mais do que aprender a linguagem de sinais, a personagem encontrou um modo de se fazer compreensível. Não é isso o que todos nós queremos?

Mas e quando nos distanciamos de quem amamos, e não podemos mais nos comunicar da forma como estávamos acostumados? Nessa situação, devemos nos aproveitar de outras formas de comunicação, e adaptá-las ao nosso jeito, aos nossos hábitos.

O problema de quando nos distanciamos fazendo uma longa viagem é que não só nos distanciamos da nossa casa, mas também de quem nós somos. São tantas coisas novas, culturas e hábitos diferentes, que é impossível não mudarmos com isso. No entanto, é preciso ter momentos para lembrarmos de onde viemos. Encontrei esse momento aqui em Marburg, com o Lucas, porque ele é parte de casa.

Acordei essa manhã na casa de uma mulher que não conheço, que só fala alemão e conversa com seus gatos, enquanto o Lucas estava na aula, mas ainda assim senti que é aqui onde deveria estar. E ela ainda tem um excelente gosto musical, o que é tipo um bônus.

(Claro que ainda não tive coragem de sair do quarto hahahaha. Seria aquele momento constrangedor em que não sei falar nem "bom dia" em alemão. Então preferi ficar aqui até o Lucas chegar, que deve ser daqui a pouquinho.)

Voltando, a parte difícil de se afastar é que nos acostumamos e pensamos que a nova vida é a de verdade. Mas é aí que precisamos lembrar que ela não passa de uma fase.

Somos um pouco como a lua, que também tem suas fases. Ontem quando estava no ônibus numa viagem de quase 10h que parecia interminável, olhei a lua pela metade. Talvez fosse assim que estivesse me sentindo. Quem é que afinal de contas se sente completo o tempo todo? Muito pelo contrário, as nossas fases vão desde o completo vazio, até nós sentirmos cheios, sem nenhum pedacinho faltando.



Mas, diferente da lua, nos não sabemos o tempo de duração das nossas fases, nem a ordem, nem se passaremos por todas. A parte boa de sermos humanos é que podemos ter controle sobre nossas vontades, pensamentos e atitudes. E se ontem eu estava minguante, hoje acordei uma lua cheia. Sem prazo para deixar de ser.