Outro dia, fiquei lendo textos na internet e me deparei com um muito bom, que dizia existir dois tipos de pessoas. Há quem seja espectador da sua vida e há quem seja do tipo ator da própria vida.
O autor dizia que os espectadores amam a rotina, são acomodados e veem a vida passar bem diante dos seus olhos. Já os atores gostam de ação, de tomar decisões, de aceitar as mudanças com mais facilidade.
Reparei que em vários momentos da minha vida eu agi como ambos. Algumas mudanças já me assustaram bastante. Por outro lado, houve momentos que eu desejei que jamais mudassem, mas a vida não é assim. Porque as coisas mudam. Inclusive as pessoas com as quais eu me relaciono. Ou as que eu vou conhecer - baseadas justamente nas minhas escolhas.
Há momentos em que eu agi como a atriz da minha vida. Não fiquei assistindo ao que eu não estava gostando. E aí eu comecei a pensar. Percebi que é muito melhor agir, porque, se você não está satisfeito com sua vida, é como se estivesse vivendo num pesadelo em que você se vê paralisado. Você permanece apenas observando o que lhe acontece, não podendo fazer nada para encontrar uma saída.
O lado bom é que, na vida, você pode agir. Você pode mudar a si mesmo. Mas, saiba que não terá sucesso se quiser mudar outra pessoa - ou os sentimentos dela. Afinal, aí já é outra história que não cabe a você escrever.
A vida é bem aquilo que Charlie Chaplin disse: "uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante chore, dance, ria e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."
Eu diria que a vida é muito mais. A vida pode ser a arte que você quiser que ela seja. Pode ser uma tela para você pintar, pouco a pouco, o quadro da sua vida - ou várias telas para você pintar os infinitos "eu" que você se deparar ao longo do tempo.
A vida pode ser diferentes músicas compostas com vários temas, melodias, estilos e arranjos. De alguns momentos, você pode enjoar, mas outros momentos ficarão marcados para sempre em você, assim como suas músicas favoritas, que você ouve, ouve, ouve sem parar.
A vida pode ser vários filmes, em que na sua cabeça são passados os flashbacks vividos, e ainda existe aquela área dos erros de gravação, das cenas deletadas (aquelas que você desejaria que jamais tivessem acontecido, mas que no final das contas, sempre é interessante ao assistir os extras do DVD).
Com melodias, fotografias, cenas deletadas, pinturas, filmes, livros, poesias, você faz a arte da sua vida se tornar bela. No final das contas, vai perceber que até mesmo os erros foram necessários para construir a sua própria, única, particular e a mais incrível obra de arte de todas. Porque, para cada pessoa nenhuma outra foi tão bem trabalhada ou tão bem vivida.
Em determinadas ocasiões, a vida faz as escolhas do que nos acontece, mas sempre somos nós que determinamos como iremos nos sentir quando elas acontecem. O imprevisível atinge cada um de uma forma, e os mais fortes são aqueles que não se deixam abater. Ser feliz ou triste é uma escolha da nossa mente, difícil em certos momentos, mas não impossível. O que importa é que existem aqueles momentos, aqueles especiais...
Ultimamente, tenho assistido aos melhores filmes que eu poderia ver. Ou talvez esteja pensando demais em tudo o que me acontece. Seja como for, terminarei o texto de hoje com a frase de outro Charlie, desta vez o personagem em "As vantagens de ser invisível".
I feel infinite.
Que texto legal!
ResponderExcluirAcho que todos somos mesmo atores e espectadores, em momentos diferentes, como você disse! E é muito difícil deixar de ser um espectador para virar um ator, porque sair da zona de conforto é uma tarefa árdua. Por que correr riscos? Por que se expor? Não é muito mais fácil ficar quieto no seu canto, vendo tudo acontecer?
"Crescer" é uma parada muito difícil, porque normalmente estamos preso ao passado e às velhas experiências. Textos assim fazem a gente refletir e decidir arriscar um pouco mais! ;)
Exatamente!! Que bom que você entendeu o texto, foi essa ideia que eu quis passar! :DD
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