domingo, 20 de janeiro de 2013

Desafios do jornalismo



Um dia desses, parei para pensar sobre os tantos desafios proporcionados pela carreira de jornalista àquelas pessoas que se dispõem a enfrentar os caminhos que precisam percorrer no seu dia a dia.

Lembro da primeira vez que entrevistei alguém para o portal da faculdade. A matéria era pra ser sobre consumo verde, visto que o assunto da pauta era o grande evento que trataria a sustentabilidade no Rio de Janeiro, a Rio + 20. Então, lá fui eu a procura de personagens para fazerem parte do meu primeiro exercício no laboratório de jornalismo.


Acabei num restaurante, próximo à ESPM, diga-se de passagem, entrevistando uma nutricionista que ficava dizendo o quão era gostoso o frango daquele lugar. Assim, no fim das contas, não me serviu de nada a entrevista - terminou não tendo nada a ver com o que o professor estava buscando. Por fim, eu reconheci que, de fato, saber que o frango do restaurante super saudável era saboroso e que a comida, em geral, era da mais pura qualidade, não era exatamente o que as pessoas esperam encontrar num texto sobre consumo verde. Que, alias, não é sobre isso... Foi bem engraçado, mas na hora eu fiquei me pergutando: o que diabos fui fazer ali??

Mas, hoje, vejo que aquilo não foi um erro. Pelo contrário, aquilo me serviu de experiência. Por mais que a entrevista - nadica de nada do que a mulher falou me serviu - não tenha sido aproveitada naquele momento, ela me fez ficar mais calma ao conversar com pessoas estranhas. Eu costumava ser muito mais envergonhada. Nem com motorista do ônibus eu tinha vontade de falar. Saltava no ponto errado, mas não perguntava pra ele onde eu devia saltar. Enfim, aprendi. Sou mais desinibida. Não sou mais tão esquisita como antes. É verdade, era esquisita sim. Talvez ainda seja um pouco. Cada louco com sua mania. Tenho minhas esquisitices e manias - maaaas isso não vem ao caso. Já estou saindo do assunto. Voltemos.

Esse foi apenas um dos desafios. Então se você quer também diminuir sua timidez, aí fica a dica. Não tenha medo de errar ou de que a entrevista não vá servir. A experiência vai valer de qualquer maneira.

Outro obstáculo é perder a vergonha de frente às câmeras. Não segure o microfone como se sua vida dependesse disso. Afinal, você está sendo filmado. Portanto, relaxe e, ao menos, aparente estar calmo. Ninguém vai saber como realmente você estava se sentindo. Ter concentração é importante, mas não pense demais em se controlar, afinal, o principal nessa história toda não é você e sim quem está sendo entrevistado e o que ele está dizendo. Dessa forma, preste atenção ao que o dito cujo estiver falando.

Lembrei agora de um dia que eu estava assistindo ao programa "Em Pauta" da Globo News, e o jornalista Pontual comentou sobre seu início de carreira, quando, ao falar diante das câmeras, ele tinha a impressão de que uma batata quente estivesse na boca, tamanho o seu nervosismo! E, hoje, ele é excelente. O que eu quero dizer é que o começo de uma carreira não é fácil para ninguém. Todo mundo que hoje parece estar bem é porque de alguma forma, enfrentou desafios.

 
Jorge Pontual fazendo a dancinha de "Gangnam Style" no programa "Em Pauta" da Globo News. 

Basicamente é isso. Tente se controlar, suar é normal, ainda mais nesse calor que a gente vive. Se alguém reparar, dá uma de cult e diz que a culpa é toda do aquecimento global. Não assuma seu nervosismo para os outros. ;D

Sorria e aproveite. A vida está aí para ser aproveitada e os pequenos erros da gente só servem de lição para que não erremos mais. Mesmo que você não se esqueça deles, saiba que os outros vão esquecer no fim das contas. Não sinta medo de errar, vergonha ou timidez, que nada disso vale a pena!

Depois posso continuar escrevendo dicas jornalísticas conforme eu for me lembrando. Pra terminar, vou deixar dois links de páginas do facebook que gosto bastante, que são o Jornalismo da Depressão  e o Jornalices .

Até a próxima! :D

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