sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A matemática da vida



Você gosta de matemática? Antes de mais nada, preciso dizer que esse texto traz uma mensagem para todas as pessoas, sejam as que gostam de números, ou não. 

No último domingo, estava com meus pais em um restaurante na hora do almoço. Por acaso, encontramos um casal conhecido, que estava logo na mesa ao lado. Conversa vai, conversa vem, eis que o senhor disse uma coisa que nunca esquecerei. É um pensamento que vale ser compartilhado.

Ele disse que a vida é uma matemática, pois corresponde, na verdade, ao resultado de uma soma: 

(+Tudo o que você já fez de bom) + (- Tudo o que você já fez de ruim) = vida

Ao parar pra pensar, percebi que era a mais pura verdade. Por isso, é preciso que o bem seja maior para que a vida seja sempre positiva! O mesmo vale para nossos pensamentos. Pensar em coisas boas nos deixa mais positivos, mais confiantes, simpáticos, alegres... 

Gostei dessa ideia e pretendo levá-la adiante. Não importa se enxergamos na realidade tantas atitudes erradas, assustadoras e maldosas. O que importa é o saldo do que fazemos rumo à uma vida cada vez mais honesta, caridosa e feliz. 

"Tenha sempre isso em mente", pensei comigo mesma, naquele domingo que parecia ser mais um dentre tantos outros. "Pois essa talvez seja a fórmula matemática mais importante que existe".  

sábado, 1 de agosto de 2015

"Mensagem Para Você" - quem somos, o que queremos e para onde vamos


Como uma estudante de jornalismo, deveria falar, supostamente, sobre novidades. Mas, hoje não. Resolvi escrever meus pensamentos a respeito do filme "Mensagem Para Você" (You've Got Mail), 1998, dirigido por Nora Ephron e estrelado pelos maravilhosos Tom Hanks e Meg Ryan. O motivo? Assisti no Netflix outro dia desses de férias - aleatoriamente.



Foi interessante observar o quão a vida parecia diferente e agitada por conta da Internet. Afinal, as conversas por e-mail revolucionaram os anos 1990! Talvez, daqui a uns anos, quando olharmos para trás, também acharemos tudo isso ultrapassado e esquisito. Mas, antropologicamente falando, é um conteúdo revelador sobre o quanto a tecnologia e a moda influenciam nas nossas vidas.



A história é encantadora pelo romance, sim. Só que ela vai muito mais a fundo do que isso. A trama não trata apenas dos personagens que se conhecem pela internet, anonimamente, mas que se desprezam na vida real por serem concorrentes com ideologias opostas. Ele, dono de um império do mercado de livros e ela de uma pequena loja tradicional e com tratamento diferenciado aos clientes. Indo além, a história abrange toda uma era de transformação. Vai dizer que não achou emocionante ouvir novamente o barulhinho da internet discada? Rsrs.


O fato é que...o filme é bom porque fala sobre todos nós. Quando as mudanças ocorrem e mostram que o caminho que planejamos foi fechado, não devemos parar e choramingar. Devemos lutar e mudar o rumo. O mercado de livros havia mudado, uma megastore, que oferecia descontos e muitas opções, veio para a rua da loja The Shop Around the Corner, e Kathleen Kelly (Meg Ryan) precisou então fazer uma escolha de como lidar com a situação. A livraria infantil, herdada de sua mãe, representava muita coisa. Havia mais do que um mero negócio. Havia lembranças, sonhos e esperança de estabilidade, de continuidade, de perpetuidade. Apesar de ter relutado, a vida acabou tomando a escolha - inevitavelmente. Porque, às vezes, queremos que algo em nossas vidas sobreviva, não passe nunca, continue... Mas, como poderíamos, dessa forma, conhecer as novidades, descobrir novos objetivos e realizar novas vontades?




"A única utilidade de cafés como o Starbucks é fazer pessoas que não têm capacidade de tomar decisões tomar seis decisões para comprar um café. Curto, longo, puro, com leite, normal descafeinado, light, desnatado, etc. Assim, pessoas que não sabem o que estão fazendo ou quem elas mesmas são podem, por apenas $ 2,95, não apenas comprar um café, mas também um senso de "eu" que as define. Longo. Descafeinado. Cappuccino!" - Joe Fox (Tom Hanks)  

Engraçado que, na verdade, esse filme é uma releitura de outro mais antigo, de 1940, chamado "A Loja da Esquina" (The Shop Around the Corner), dirigido por Ernst Lubitsch e estrelado por Margaret Sullavan e James Stewart. Mas, nesse caso, os dois concorrentes/amantes eram amigos por correspondência. Com certeza, terá alguém por aí sentindo um toque nostálgico pelas cartas tal como senti ao ouvir a internet discada e lembrar que tínhamos que aguardar a conexão ser concluída para ficar online.





Talvez, o tema desse post não tenha sido antigo de forma alguma. Na verdade, acredito que o filme sobre o qual escolhi escrever foi bastante atual até. Os anos passam, as coisas mudam, mas as histórias de amor e os problemas da vida continuam. Quem sabe como será a próxima versão do filme? Perfis no Tinder? Twitter? Alguma rede social que ainda nem surgiu? Seja como for, não importa a tecnologia do momento. O filme mostra que o mais importante é saber quem somos, quem amamos, o que queremos e para onde vamos a partir de agora. Longo, descafeinado, cappuccino!






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