sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

I feel infinite



Outro dia, fiquei lendo textos na internet e me deparei com um muito bom, que dizia existir dois tipos de pessoas. Há quem seja espectador da sua vida e há quem seja do tipo ator da própria vida.

O autor dizia que os espectadores amam a rotina, são acomodados e veem a vida passar bem diante dos seus olhos. Já os atores gostam de ação, de tomar decisões, de aceitar as mudanças com mais facilidade.

Reparei que em vários momentos da minha vida eu agi como ambos. Algumas mudanças já me assustaram bastante. Por outro lado, houve momentos que eu desejei que jamais mudassem, mas a vida não é assim. Porque as coisas mudam. Inclusive as pessoas com as quais eu me relaciono. Ou as que eu vou conhecer - baseadas justamente nas minhas escolhas.

Há momentos em que eu agi como a atriz da minha vida. Não fiquei assistindo ao que eu não estava gostando. E aí eu comecei a pensar. Percebi que é muito melhor agir, porque, se você não está satisfeito com sua vida, é como se estivesse vivendo num pesadelo em que você se vê paralisado. Você permanece apenas observando o que lhe acontece, não podendo fazer nada para encontrar uma saída.

O lado bom é que, na vida, você pode agir. Você pode mudar a si mesmo. Mas, saiba que não terá sucesso se quiser mudar outra pessoa - ou os sentimentos dela. Afinal, aí já é outra história que não cabe a você escrever.

A vida é bem aquilo que Charlie Chaplin disse: "uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante chore, dance, ria e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

Eu diria que a vida é muito mais. A vida pode ser a arte que você quiser que ela seja. Pode ser uma tela para você pintar, pouco a pouco, o quadro da sua vida - ou várias telas para você pintar os infinitos "eu" que você se deparar ao longo do tempo.


A vida pode ser diferentes músicas compostas com vários temas, melodias, estilos e arranjos. De alguns momentos, você pode enjoar, mas outros momentos ficarão marcados para sempre em você, assim como suas músicas favoritas, que você ouve, ouve, ouve sem parar.

A vida pode ser vários filmes, em que na sua cabeça são passados os flashbacks vividos, e ainda existe aquela área dos erros de gravação, das cenas deletadas (aquelas que você desejaria que jamais tivessem acontecido, mas que no final das contas, sempre é interessante ao assistir os extras do DVD).


Com melodias, fotografias, cenas deletadas, pinturas, filmes, livros, poesias, você faz a arte da sua vida se tornar bela. No final das contas, vai perceber que até mesmo os erros foram necessários para construir a sua própria, única, particular e a mais incrível obra de arte de todas. Porque, para cada pessoa nenhuma outra foi tão bem trabalhada ou tão bem vivida.



Em determinadas ocasiões, a vida faz as escolhas do que nos acontece, mas sempre somos nós que determinamos como iremos nos sentir quando elas acontecem. O imprevisível atinge cada um de uma forma, e os mais fortes são aqueles que não se deixam abater. Ser feliz ou triste é uma escolha da nossa mente, difícil em certos momentos, mas não impossível. O que importa é que existem aqueles momentos, aqueles especiais...

Ultimamente, tenho assistido aos melhores filmes que eu poderia ver. Ou talvez esteja pensando demais em tudo o que me acontece. Seja como for, terminarei o texto de hoje com a frase de outro Charlie, desta vez o personagem em "As vantagens de ser invisível"


I feel infinite.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Regina Spektor virá ao Brasil em abril!!

Assista a "Regina Spektor - "Don't Leave Me (Ne Me Quitte Pas)" Official Music Video" no YouTube
Regina Spektor se apresentará no Citibank Hall, no Rio, em 11 de abril. :D Os ingressos começarão a ser vendidos no dia 4 de fevereiro para o grande público no Tickets for fun. Ela também cantará em São Paulo, no dia 10. 

Maiores informações aqui.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Desafios do jornalismo



Um dia desses, parei para pensar sobre os tantos desafios proporcionados pela carreira de jornalista àquelas pessoas que se dispõem a enfrentar os caminhos que precisam percorrer no seu dia a dia.

Lembro da primeira vez que entrevistei alguém para o portal da faculdade. A matéria era pra ser sobre consumo verde, visto que o assunto da pauta era o grande evento que trataria a sustentabilidade no Rio de Janeiro, a Rio + 20. Então, lá fui eu a procura de personagens para fazerem parte do meu primeiro exercício no laboratório de jornalismo.


Acabei num restaurante, próximo à ESPM, diga-se de passagem, entrevistando uma nutricionista que ficava dizendo o quão era gostoso o frango daquele lugar. Assim, no fim das contas, não me serviu de nada a entrevista - terminou não tendo nada a ver com o que o professor estava buscando. Por fim, eu reconheci que, de fato, saber que o frango do restaurante super saudável era saboroso e que a comida, em geral, era da mais pura qualidade, não era exatamente o que as pessoas esperam encontrar num texto sobre consumo verde. Que, alias, não é sobre isso... Foi bem engraçado, mas na hora eu fiquei me pergutando: o que diabos fui fazer ali??

Mas, hoje, vejo que aquilo não foi um erro. Pelo contrário, aquilo me serviu de experiência. Por mais que a entrevista - nadica de nada do que a mulher falou me serviu - não tenha sido aproveitada naquele momento, ela me fez ficar mais calma ao conversar com pessoas estranhas. Eu costumava ser muito mais envergonhada. Nem com motorista do ônibus eu tinha vontade de falar. Saltava no ponto errado, mas não perguntava pra ele onde eu devia saltar. Enfim, aprendi. Sou mais desinibida. Não sou mais tão esquisita como antes. É verdade, era esquisita sim. Talvez ainda seja um pouco. Cada louco com sua mania. Tenho minhas esquisitices e manias - maaaas isso não vem ao caso. Já estou saindo do assunto. Voltemos.

Esse foi apenas um dos desafios. Então se você quer também diminuir sua timidez, aí fica a dica. Não tenha medo de errar ou de que a entrevista não vá servir. A experiência vai valer de qualquer maneira.

Outro obstáculo é perder a vergonha de frente às câmeras. Não segure o microfone como se sua vida dependesse disso. Afinal, você está sendo filmado. Portanto, relaxe e, ao menos, aparente estar calmo. Ninguém vai saber como realmente você estava se sentindo. Ter concentração é importante, mas não pense demais em se controlar, afinal, o principal nessa história toda não é você e sim quem está sendo entrevistado e o que ele está dizendo. Dessa forma, preste atenção ao que o dito cujo estiver falando.

Lembrei agora de um dia que eu estava assistindo ao programa "Em Pauta" da Globo News, e o jornalista Pontual comentou sobre seu início de carreira, quando, ao falar diante das câmeras, ele tinha a impressão de que uma batata quente estivesse na boca, tamanho o seu nervosismo! E, hoje, ele é excelente. O que eu quero dizer é que o começo de uma carreira não é fácil para ninguém. Todo mundo que hoje parece estar bem é porque de alguma forma, enfrentou desafios.

 
Jorge Pontual fazendo a dancinha de "Gangnam Style" no programa "Em Pauta" da Globo News. 

Basicamente é isso. Tente se controlar, suar é normal, ainda mais nesse calor que a gente vive. Se alguém reparar, dá uma de cult e diz que a culpa é toda do aquecimento global. Não assuma seu nervosismo para os outros. ;D

Sorria e aproveite. A vida está aí para ser aproveitada e os pequenos erros da gente só servem de lição para que não erremos mais. Mesmo que você não se esqueça deles, saiba que os outros vão esquecer no fim das contas. Não sinta medo de errar, vergonha ou timidez, que nada disso vale a pena!

Depois posso continuar escrevendo dicas jornalísticas conforme eu for me lembrando. Pra terminar, vou deixar dois links de páginas do facebook que gosto bastante, que são o Jornalismo da Depressão  e o Jornalices .

Até a próxima! :D

sábado, 19 de janeiro de 2013

Amour

Hoje assisti ao filme francês "Amour" no cinema. Foi o filme mais triste que já vi na vida. Posso dizer, com certeza, que jamais serei a mesma. Talvez eu já não fosse a mesma pessoa que pensava ser. Só sei que eu lembrei do passado. Da infância. Dos meus avós. E do quanto eu os amo e do quanto eles fazem  falta na minha vida. Enxerguei, na personagem Anne, os meus avós José e Léa.



Não chorei muito durante o filme, mas ao sair tive dificuldade para controlar o choro. As lágrimas escorriam pelo rosto freneticamente. Fiquei nervosa, senti meu coração bater rápido. Minha cabeça ficou zonza devido às mais diversas emoções que fizeram meu peito transbordar. Senti saudade, tristeza, medo, amor...

O filme conta a história de um casal que precisa enfrentar o AVC sofrido pela idosa. O marido cuida dela, o que me fez lembrar da época que meu avô cuidava da minha avó. O filme se passa no apartamento deles e mostra a rotina cansativa de quem cuida de um idoso.

Logo antes da sessão começar, comentei com minha mãe sobre um livro a respeito da vida que havia comprado pouco antes. Do meu lado, estava uma senhora de 82 anos, mas com uma aparência muito boa, parecendo ter bem menos, quase uns 10 anos mais jovem. Ela então começou a me falar sobre a vida. Como é preciso aceitá-la do jeito que ela é. "Não tente mudá-la. Não leve a vida a ferro e fogo."

Achei um pouco cômico quando o filme terminou e ela virou pra mim e disse que não havia entendido o final. Então eu expliquei, mas por um momento desejei que também não tivesse entendido. Depois pensei melhor e vi que a vida é assim mesmo. A gente não precisa lutar contra ao que nos acontece. Nem sempre temos o que desejamos.

Uma das cenas que mais gostei mostra Anne na cozinha de seu apartamento, durante uma refeição, quando ela pede ao marido que lhe traga uns álbuns de fotos. Ela começa a vê-los e diz: "C'est bon." O marido pergunta: "Quoi?" Ela então responde: "La vie... La longue vie."

Esse não foi o melhor filme que já vi, mas, sem dúvida, foi o mais triste. Triste por mostrar a realidade descarada. A vida e as sensações humanas tais como elas acontecem. Afinal, é filme francês, já devia suspeitar que fosse intenso.

Não me sinto mais tão ingênua. Me identifiquei com uma cena, no final do filme "An Education", com Peter Sarsgaard e Carey Mulligan, em que a personagem de Carey vai ao apartamento da professora e diz: "I feel old, but not very wise". Ela se sente envelhecida, no sentido de madura, como quem diz que aprendeu com o que viveu, mas ainda assim, ela é jovem e percebe não ter sabedoria suficiente de alguém que viveu mais tempo.



Quero envelhecer e concordar com Anne. Quero olhar para minha vida, para minhas lembranças e sentir que a vida foi boa.

Mudei até mesmo o nome do blog, tamanho o impacto deixado pelo filme. Porque, quando você passa por algo desse tipo, as marcas ficam em você. Eu me arrependo de não ter ajudado tanto a minha mãe. Fico pensando que poderia ter feito muito mais coisa pelo meu avô. E agora, ele não está mais aqui. Mas eu tenho fé. Sei que ele está num lugar melhor. Ele e minha vó foram o casal mais bonito que eu já vi. Lá no Céu, sei que eles estão nos olhando. Cuidando de mim, da minha mãe, da minha família. A saudade é muito grande, mas posso garantir: o melhor modo de aproveitar a vida é através do amor. Sem amor, uma pessoa não tem boas lembranças, nem terá bons momentos, tampouco ela dirá que teve  uma boa e longa vida.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Doodle do google traz mais um joguinho :)



Desta vez, o doodle do google comemora o aniversário do inventor americano Frank Joseph Zamboni Jr. (16/01/1901 — 27/07/1988). Vocês podem aproveitar mais um dos jogos que a Google costuma colocar nessas datas em que são lembradas pessoas que deixaram sua marca na História. 

E o que ele inventou afinal?  

O veículo reparador de gelo utilizado nas pistas de patinação. Pode até não ser uma invenção muito usada no Brasil, e saber que ele criou este artefato pode ser uma informação um tanto quanto inútil. Mas nada disso importa. Se você quiser pesquisar algo, não deixe de curtir esse joguinho por alguns minutinhos do seu dia. :)

Até mais!