Há muitas
pessoas, que assim como eu, não se encontraram no curso da faculdade escolhido
com tanta atenção na época da escola. Estas pessoas começaram a
faculdade e lá dentro descobriram que não se formariam naquele curso. Outras,
por sua vez, se formam e só depois percebem que não fizeram a melhor escolha e
então resolvem mudar. Muitas influências atuam sobre os jovens na hora da
escolha da carreira, testes vocacionais, palestras, notícias falando bem ou mal
de alguma profissão, dentre outras. No entanto, não vale a pena se sentir mal
por ter tomado a decisão errada. Às vezes é bom começar de novo, fazer tudo do
zero. É como nascer outra vez.
Vamos combinar que a adolescência não é fácil para ninguém. Passamos por novas experiências na caminhada para a vida adulta, e muitas escolhas precisam ser tomadas. Talvez a principal seja justamente essa escolha profissional. Somos muito novos quando tomamos essa decisão. Geralmente não conhecemos direito o que nos espera no futuro. O que essa profissão vai trazer de bom pra mim? Será que tem a ver comigo e com o que eu quero para o resto da vida? As dúvidas são infinitas. Existem a influência dos pais, a preocupação com o salário, padrão de vida, status, o que os outros vão pensar etc.
Vou contar um pouco sobre a minha experiência de mudança de faculdade.
Muitos não me entenderam, mas isso não importa, agora sei que estou seguindo o
caminho certo.


Ainda em 2011, descobri que a ESPM abriria o curso de Jornalismo, e que as
inscrições estavam abertas para o vestibular. Faltavam duas semanas para a
prova. Resolvi fazer, e minha mãe deu apoio total, tudo o que ela queria era me
ver feliz.
Jornalismo foi o curso escolhido porque quando eu era criança amava escrever.
Antes das químicas e físicas do colegial, o que eu queria ser era escritora e
estava super decidida a cursar Jornalismo. Nunca percebi quando houve essa
mudança de decisão exatamente – de Jornalismo para Engenharia. O que importa é
que voltei ao meu sonho antigo. Sonho este daquela época em que me perguntavam
“O que você quer ser quando crescer?”. Voltei às origens e me senti motivada
novamente. Finalmente, um propósito real apareceu diante dos meus olhos.
Como uma aspirante à jornalista, não sinto mais medo de errar, ou de fracassar.
Sei que os erros são inevitáveis, mas estou motivada o suficiente para
superá-los e vencer minhas dificuldades. Essa mudança funcionou para melhorar
minha autoestima de uma forma muito melhor que qualquer terapia que se ache por
aí. Muitas vezes, para enxergar o que fazer em momentos de dúvida, basta olhar
para dentro de si que a resposta estará lá.