quinta-feira, 27 de setembro de 2012

"Quanta gente! Quanta alegria! A minha felicidade é um crediário das Casas Bahia!"

Entenda o porquê da preocupação do governo em querer crescimento econômico


IPI reduzido, diminuição da taxa de juros e aumento do crédito - Nós explicamos!

Por Louise Queiroga

Nos últimos meses, o governo tem adotado políticas que estimulam a economia brasileira. Você já deve ter visto algum comercial de carro avisando sobre a redução do IPI e para "não perder essa oportunidade!". Trata-se de uma das políticas fiscais visando o crescimento econômico. E como isso é feito? Ora, o IPI é um imposto que as empresas pagam ao governo, mas, para não perderem esse dinheiro, cobram dos consumidores o valor equivalente. Assim, o preço do produto torna-se maior do que seria considerando apenas os custos de produção. Essa prática do governo de renúncia fiscal promove um aumento do consumo, visto que, devido ao IPI reduzido, os preços não somente de carros, mas também de alguns eletrodomésticos, estão mais baixos. Como o valor que o governo deixa de receber é alto, essa prática não pode se estender por muito tempo e, por isso, será válida até o final de outubro.



Além da redução de impostos, as políticas fiscais também estão relacionadas aos gastos do governo, sendo que a diferença entre o quanto o governo arrecadou e o quanto ele gastou informa se ocorreu um superávit ou déficit. O Brasil está passando por período de cortes dos gastos públicos e, como consequência dos gastos do governo Lula, a quantidade arrecadada era bem menor do que os gastos. Isso indica que a Dilma está tentando reverter essa situação ao tomar medidas que ajudem a reduzir o déficit. No entanto, quanto ela esperava um superávit de 3% do PIB,  a previsão é que seja de 2,5%. De qualquer forma, através do corte de gastos públicos, ela conseguiu melhorar a situação.

O ponto-chave para entender o porquê dessas políticas é observar o quanto as pessoas estão consumindo e empresas investindo. O mundo capitalista no qual vivemos indica que consumo é, praticamente, sinônimo de felicidade. Segundo essa analogia, quanto mais as pessoas consomem, mais "feliz" será a economia do lugar onde elas vivem. Repare que não afirmei "quantidade de dinheiro", pois sabemos que uma vasta quantidade de moeda pode inflacionar os preços, trazer o caos e deixar a vida de todos muito "infeliz". Você provavelmente está se perguntando: "como evitar que isso ocorra?" Chegou a hora de falarmos em políticas monetárias.




O Brasil, por meio de tais políticas, também visa aumentar o consumo, para elevar o PIB e, finalmente, trazer crescimento econômico. A grande preocupação dos economistas é que o crescimento do PIB está próximo de zero (analisando os dois últimos trimestres). O medo é que venha a recessão e, com ela, o desemprego. Se observarmos a taxa de desemprego, veremos que ela está parando de cair e tem se mostrado estável, ou seja, por mais que ainda não estejamos vivenciando uma crise, o quadro econômico é, em parte, preocupante. Outro fator desfavorável é a queda de investimento das empresas para 20% do PIB - valor considerado muito baixo.

Agora, voltando a falar das políticas monetárias, trazemos uma boa notícia para você, leitor! Pegar dinheiro emprestado está mais fácil do que jamais esteve na história deste país. Assim, com ampla concessão de crédito, o nível de endividamento dos consumidores tem batido recordes! Seguindo essa onda da economia, as pessoas fazem exatamente aquilo que os economistas do governo querem que elas façam: consomem mais produtos,  Uma das razões dessa tendência é a alteração pela qual passou a poupança - teve seus juros reduzidos. Se as pessoas não veem altos rendimentos em seu dinheiro guardado nos bancos, vão, provavelmente, pegar a onda econômica e gastar mais - olha a política monetária aí! Além dessa medida, podemos apontar também a redução da taxa básica de juros - chamada de SELIC - que é a taxa referente ao empréstimo que o Banco Central faz para os bancos privados. Atualmente, a SELIC é de 7,5% e nunca foi tão baixa.



Analisando tudo o que foi apresentado, a projeção para os próximos meses é de baixo crescimento, mas se forem mantidas algumas medidas, como a queda da inflação e da taxa de juros, pode ser que o PIB venha a crescer no próximo ano.

- O título desse post é um trecho da música "Chopis Centis" dos Mamonas Assassinas - 

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