terça-feira, 12 de março de 2013

tempo, tempo, tempo...


Nos dias de hoje, quem é que tem tempo pra fazer tudo do jeito que deseja? Eu pelo menos não tenho. Não é a toa que existem tantos filmes, livros e músicas que tratam deste tema tão simples, mas ao mesmo tempo tão misterioso. Se fosse possível, eu não gostaria de viajar no tempo, porque isso poderia mudar tantas coisas boas que me aconteceram justamente por causa dos erros cometidos. Errar nem sempre significa ter que se arrepender, mas sim reconhecer o erro e, com ele, transformar-se em outro ser. A mudança que ocorreria devido à uma viagem no tempo já ocorre quando o próprio tempo nos muda. É uma viagem quase que imperceptível, sendo difícil de enxergar as mudanças que ela traz. Assim, não somos nós quem devemos viajar no tempo, mas sim o tempo é que viaja através da gente.



Tendo noção dos erros e acertos e em quais partes precisamos melhorar, estamos o tempo todo correndo e pensando em mil coisas pra fazer. Até que chega aquele momento em que paramos para descansar e, de repente, nossa mente consegue fazer mil e uma conexões e percebemos que precisamos dar um pause. Será possível? Será que dá pra pausar nossa mente? Será que é disso que se trata a meditação?

Tive uma professora de yoga que dizia ser possível meditar em qualquer lugar, até mesmo na faculdade.  Achei na época uma coisa de louco. Como assim? Como conseguirei meditar no meio da aula? Ou no caminho para ela? Mas já tenho uma visão diferente sobre isso. Vou tentar esvaziar minha mente cotidianamente (veja bem, isso não significa dormir...).

Na época em que eu fazia as aulas de yoga, a professora passou um vídeo pra gente muito bom que eu me lembrei agora dele [devido à necessidade]. O ensinamento é para meditar em um minuto. Com a prática, espero me aprimorar. Antes, não utilizei tanto isso, mas agora será diferente!


Espero que gostem!

Agora, uma música pra fechar o post de hoje!



Até a próxima! :D

domingo, 3 de março de 2013

Alea jacta est - A sorte está lançada

  

Gostaria que todos simplesmente respirassem fundo e percebessem que a vida é curta demais para não ser levada com tranquilidade. Ansiedade, depressão, estresse, dentre outros problemas, estão muito mais em evidência ultimamente do que há, sei lá, 50 anos.

Essa semana soube que uma pessoa por quem sinto grande simpatia sofre de depressão e, depois disso, fiquei realmente muito triste, porque acho que ela não deva se esconder atrás de sua timidez, e nem ofuscar suas ansiedades atrás de remédios. Ela está certíssima em fazer um tratamento. A questão que quero levantar, entretanto, vai além disso, porque parece faltar algo. Os antidepressivos, unicamente, não me convencem. Tem que existir mais alguma coisa. Meu avô usava medicamentos desse tipo, mas eu ainda assim não via grandes resultados. Por isso, fico me perguntando se existem outras medidas para controlar esse tipo de doença.

  


No dia 06 de novembro de 2011 escrevi no meu diário o seguinte:

"Hoje, eu estou em paz. Não há angústias ou preocupações exorbitantes. Pensei no que escrever - como se já esperasse ter algum problema. Mas hoje não. Esse momento deveria ser gravado, copiado e distribuído para todos aqueles que enxergam problema em tudo." 17:39

Por melhor que eu esteja, posso dizer que nunca mais me senti do mesmo modo. Já cheguei perto, mas nunca nesse estado. Volta e meia pego meu diário e leio esse trecho para simplesmente me lembrar de como era a sensação.

Não sei se isso é de alguma ajuda, não sei até que ponto medicamentos "curam". Só espero que pessoas que sofrem por n razões encontrem muito mais momentos de paz do que conseguem enxergar. A calma  somente fará parte do seu dia se você se permitir. Quando se der conta, não vai sentir angustia alguma.


Algo que me ajuda bastante, como vocês já devem ter desconfiado, é escrever. Escrevo bastante e procuro fazer com que meus textos ajudem outras pessoas. Alias, não só outras pessoas - a mim mesma também, obviamente.

Seja como for, nem todo mundo gosta desse passatempo, mas existem tantos outros hobbies (para todos os gostos), inclusive alguns que possam ser experimentados.

Tente lembrar de quando você era criança, o que gostava de fazer? Tem algum momento em especial que gostaria de reviver? Ah, mas você está ocupado de mais, não pode "perder tempo"? O mistério de fazer um trabalho render, é se render às suas vontades. Quer rendimento profissional? Se renda aos bons momentos. Quer arrependimentos? Não faça nada. Sentir-se arrependido não está apenas vinculado a ter feito alguma coisa - também pode ser causa de uma não ação. O que você prefere?

Enxergar uma doença como a depressão já é difícil por si só, mas que tal esquecer isso por um minuto? Faça uma caminhada. Ande. Respire. Pare. Feche os olhos. Sinta o vento. Pense numa coisa de cada vez. (Não é preciso ter depressão para fazer essas coisas, é claro. Então, mesmo que esteja bem, faça coisas desse tipo simplesmente para sentir o prazer que isso traz.)

Aproveite a sua companhia quando estiver sozinho. Procure receitas novas, saia da mesmice! Mude de canal, não só na televisão, mas também no seu humor. Veja e ouça coisas novas, para que você pense e diga novidades.

Outro dia comi um biscoito da sorte que dizia o seguinte:

"Você está considerando uma atitude que lhe trará crédito"

Fiquei pensando sobre essas coisas e escrevi no meu diário:

As aventuras de Pi
Eu acredito em Deus.
Uns acreditam na sorte. 
Mas acho que o principal é não deixar de acreditar em si mesmo. Porque, mesmo para quem não tenha fé em Deus, Ele está em cada pessoa, e então ter fé em si mesmo é só uma parte do caminho.
A auto-confiança é um pedaço de sorte no seu dia. É um pedaço de fé nos seus momentos difíceis. É um pedaço que não te deixa cair no vazio. É um pedaço que te completa.
Mesmo que você tenha medo de mostrar quem você é, mesmo que você se preocupe com o que os outros vão pensar, mesmo que você se sinta sozinho. 
Não importa sua orientação sexual, tampouco religião ou estilo de vida. Não importa o quanto você já sofreu. Só não deixe de acreditar...
Tinha uma época em que eu era muito insegura. Uma menina da minha turma da escola virou pra mim e disse que era minha amiga porque sentia pena de mim. Não sei por que não respondi o que ela merecia ouvir. Talvez fosse porque eu estivesse assustada, talvez fosse porque achei que ao menos isso significava que eu tinha uma amiga ou talvez tenha pensado que ela estivesse brincando. Mas acho que talvez eu ainda não tivesse descoberto quem eu realmente era. Tinha 12 anos. Vi vários dos meus amigos da escola se voltarem contra mim porque me consideravam diferente. 
Hoje eu penso: e daí? As pessoas são mesmo diferentes. E isso é bom. Faz com que conheçamos coisas novas. Faz com que experimentemos sensações, emoções, ouçamos músicas que jamais pensaríamos ouvir. 
Eu diria pra essa menina: "Espero que hoje você enxergue a vida por outro ângulo e não destrate as pessoas por elas não seguirem os padrões de beleza e por terem uma opinião diferente da sua sobre como levar a vida adiante."
Na época, eu não usei a minha voz. Preferi fugir, mudei de escola, mas talvez tenha sido o melhor. Porque essa foi apenas uma das escolhas que fizeram de mim a pessoa que sou hoje.
E fico feliz por dizer que eu acredito em Deus, acredito na sorte, acredito nas mais variadas formas de amor e, é claro, acredito em mim mesma para viver em sintonia com tudo isso.

E pensar que essa reflexão começou com um simples biscoito da sorte... O que ele dizia mesmo? Ah é: "Você está considerando uma atitude que lhe trará crédito."

Ele não me disse qual atitude. Veja, a sorte não te dá as respostas diretamente. Afinal, cabe a mim escolher que atitude é essa e como farei para que ela me traga coisas boas. Fazer a própria sorte. Essa é minha atitude para hoje, para amanhã e para todos os dias da minha vida. Desejo que todo mundo coloque suas respectivas atitudes em prática, e que quem esteja com problemas emocionais, incremente dia após dia, um pouco de fé e de auto-confianca para que sua atitude de querer melhorar, também lhes traga crédito.

E quanto a você? Qual será a sua atitude?

  

Até a próxima! :)