quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Desculpe o transtorno, precisamos falar sobre a época da escola

Conhecemos ela no jardim de infância. Essa frase pode parecer clichê se você imaginar alguém brincando de pique esconde no pátio. Mas o jardim em questão era aquela aula de aprender a escrever o próprio nome, desenhar e dar comida pro tamagoshi que todos tinham nos anos 1990 – quando íamos para lá fazer de tudo menos estudar. E como era divertido! Nunca vamos nos esquecer: a música era “A nova loira do Tchan”.



Os professores, sempre pedindo silêncio, deixavam claro que ela devia ser respeitada. Foi paixão à primeira vista.

Passamos algumas madrugadas em claro estudando ao som de Britney e KLB. De lá, a brincadeira foi se tornando coisa séria. E do corte e cola, fomos para a tabuada, da tabuada para frações, e de frações para Bhaskara.

No vestibular, era um relacionamento sério com a escola, mas parecia que a vida começava ali. Passamos os olhos por todas as matérias da vida. Algumas várias vezes. Fizemos todos os exercícios existentes de física. Zeramos algumas provas porque a conversa na aula tava boa. Escolhemos profissões sem pesquisar se elas combinavam com nosso perfil. Escrevemos juntos redações para o ENEM. Fizemos uma dúzia de amigos novos e, junto com eles, ingressamos na faculdade. Sofremos com os veteranos, rimos com os colegas da turma. Das dez coisas que mais me lembro, sete aconteceram na escola em que estudei. As outras três aconteceram por causa dela.

Um dia, terminamos. E não foi fácil. Choramos mais que no final de terceiro ano. Mais que no começo do jardim 1. Até hoje, não tem um lugar que vamos em que alguém não diga, em algum momento: e aí, já se formou? Parece que, pra sempre, ela vai fazer falta.


Essa semana, pela primeira vez, vi o filme da festa de formatura —não por acaso uma história de amor. Achei que fosse chorar tudo de novo. E o que me deu foi uma felicidade muito profunda de ter passado por uma grande experiência na vida. E de ter essa fase documentada num filme —e em tantos vídeos, fotos e conversas. Agora só falta seguir em frente. Tem muito mais!

terça-feira, 1 de março de 2016

Se apaixonar é como ir ao País das Maravilhas


Ultimamente, estive pensando sobre o que quer dizer "se apaixonar" e, para entender melhor essa loucura, me baseei na forma como é dita em inglês, fall in love. De fato, é como se estivéssemos caindo. Quando acontece comigo, imagino como se estivesse no lugar da Alice indo para o País das Maravilhas. Primeiro, sou levada pela curiosidade e sigo o coelho até o mundo mágico.

"Ah, querido. É tudo tão confuso".
Após a queda, vem os machucados e a sensação de que estou num lugar estranho. No entanto, sempre visitei o País das Maravilhas sozinha. A sensação é de estar entorpecida e perdida num lugar completamente desconhecido. De repente, me sinto pequena, do tamanho de um alfinete, em outros momentos, me sinto gigante, do tamanho de um arranha céu.

"Eu sabia quem eu era hoje de manhã, mas mudei algumas vezes desde então".
No meio dessa confusão, como voltar o mundo real? Enquanto passo pelo País das Maravilhas, as cores mudam e as músicas ganham vida. O pensamento voa e sinto-me livre para imaginar que tudo vai ficar bem. Após um tempo, contudo, o lugar fica nebuloso e a ilusão começa a se dissipar. Assim, como num piscar de olhos, volto à realidade. Mas a esperança de cair novamente permanece. De preferência, acompanhada. Não me entenda mal. Não importa o tempo da viagem. O que importa pra mim é ir ao País das Maravilhas com alguém tão louco quanto eu.  

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Um cappuccino num dia chuvoso

Caillebotte, Rue de Paris.
Temps de pluie, 1877.
 As gotas de chuva deixavam o céu nublado e iam em direção à superfície como se estivessem pensando em voltar. Mas não havia mais volta. Uma vez que tomaram seu rumo, não podiam mudar de sentido. Assim, elas mal podiam ser vistas. No entanto, para quem andava na rua ainda era possível senti-las. A dúvida tornou-se um sério questionamento. "Devo abrir meu guarda-chuva? Mas mal posso ver a chuva!".

Mas as gotículas se acumulavam nos fios de cabelo, deixando-o levemente arrepiado e então foi preciso decidir. "Que garoa! Vou logo abrir de uma vez por todas". Continuou caminhando até chegar ao seu destino. A chuva quase serviu de desculpa para não ir mais. Só que isso não foi o suficiente para ficar em casa. A vontade de ir até seu café favorito foi mais forte. Nada como uma bebida quentinha para fazer esquecer de tudo o que aconteceu. A semana anterior não mais voltaria a ser motivo de preocupação.

De uma coisa ela tinha certeza. Era daqui para a frente. "Ainda vou encontrar algo de bom para fazer", pensou. Afinal, seu maior medo era não ser útil. A vida até então mostrou ser tão industrial quanto a produção das roupas que vestia ou dos alimentos que comia ou dos produtos que usava. Mas ela não era uma peça de fábrica. "Não sou uma peça. Não sou uma máquina que faça qualquer coisa sob um comando. Eu penso sobre o que estou fazendo", analisou.

Alcançando o local para onde planejou estar naquela tarde, empurrou a porta de madeira e vislumbrou sua mesa habitual, escondida em um canto, próximo à janela, na parte de trás de um pequeno balcão com vasinhos de violeta. Apesar de o café não estar vazio, sua mesa estava lá esperando por ela. "Ótimo". E seguiu já pensando no que iria pedir. Um cappuccino. O burburinho estava agradável. Nem conversas muito altas, nem um silêncio perturbador. Na medida certa, ela via os demais trocarem as emoções entre eles. Sentimentos em formas de palavras que iam de uma pessoa à outra. Casais que se amavam, amigos que colocavam a conversa em dia desde os "velhos tempos", colegas de classe que discutiam o que fazer após a formatura.

Era o mundo funcionando como mais um dia qualquer. Seja como for, fazemos o mundo funcionar, mas estamos longe de sermos inanimados. Estamos longe de sermos meramente robôs correndo atrás de resultados. O cappuccino estava tão doce que nem precisou de açúcar. O chocolate e o creme já eram muito mais do que o suficiente. Aquele certamente foi um dos melhores que ela provou. A semana seguinte seria diferente. "Fiz a escolha certa", concluiu.

Na saída, pegou sua bolsa e se dirigiu ao caixa. "Ei, espera!", ouviu de um garçom. Você esqueceu um sonho na mesa. Atordoada, ela explicou que na verdade não havia pedido um sonho. "É um brinde da casa. Às vezes, mesmo sem pedir, os sonhos aparecem", ele disse com um sorrisinho.

Ao sair, ela deu uma mordida no sonho e riu. Olhou para cima e viu que já havia parado de chover.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A matemática da vida



Você gosta de matemática? Antes de mais nada, preciso dizer que esse texto traz uma mensagem para todas as pessoas, sejam as que gostam de números, ou não. 

No último domingo, estava com meus pais em um restaurante na hora do almoço. Por acaso, encontramos um casal conhecido, que estava logo na mesa ao lado. Conversa vai, conversa vem, eis que o senhor disse uma coisa que nunca esquecerei. É um pensamento que vale ser compartilhado.

Ele disse que a vida é uma matemática, pois corresponde, na verdade, ao resultado de uma soma: 

(+Tudo o que você já fez de bom) + (- Tudo o que você já fez de ruim) = vida

Ao parar pra pensar, percebi que era a mais pura verdade. Por isso, é preciso que o bem seja maior para que a vida seja sempre positiva! O mesmo vale para nossos pensamentos. Pensar em coisas boas nos deixa mais positivos, mais confiantes, simpáticos, alegres... 

Gostei dessa ideia e pretendo levá-la adiante. Não importa se enxergamos na realidade tantas atitudes erradas, assustadoras e maldosas. O que importa é o saldo do que fazemos rumo à uma vida cada vez mais honesta, caridosa e feliz. 

"Tenha sempre isso em mente", pensei comigo mesma, naquele domingo que parecia ser mais um dentre tantos outros. "Pois essa talvez seja a fórmula matemática mais importante que existe".  

sábado, 1 de agosto de 2015

"Mensagem Para Você" - quem somos, o que queremos e para onde vamos


Como uma estudante de jornalismo, deveria falar, supostamente, sobre novidades. Mas, hoje não. Resolvi escrever meus pensamentos a respeito do filme "Mensagem Para Você" (You've Got Mail), 1998, dirigido por Nora Ephron e estrelado pelos maravilhosos Tom Hanks e Meg Ryan. O motivo? Assisti no Netflix outro dia desses de férias - aleatoriamente.



Foi interessante observar o quão a vida parecia diferente e agitada por conta da Internet. Afinal, as conversas por e-mail revolucionaram os anos 1990! Talvez, daqui a uns anos, quando olharmos para trás, também acharemos tudo isso ultrapassado e esquisito. Mas, antropologicamente falando, é um conteúdo revelador sobre o quanto a tecnologia e a moda influenciam nas nossas vidas.



A história é encantadora pelo romance, sim. Só que ela vai muito mais a fundo do que isso. A trama não trata apenas dos personagens que se conhecem pela internet, anonimamente, mas que se desprezam na vida real por serem concorrentes com ideologias opostas. Ele, dono de um império do mercado de livros e ela de uma pequena loja tradicional e com tratamento diferenciado aos clientes. Indo além, a história abrange toda uma era de transformação. Vai dizer que não achou emocionante ouvir novamente o barulhinho da internet discada? Rsrs.


O fato é que...o filme é bom porque fala sobre todos nós. Quando as mudanças ocorrem e mostram que o caminho que planejamos foi fechado, não devemos parar e choramingar. Devemos lutar e mudar o rumo. O mercado de livros havia mudado, uma megastore, que oferecia descontos e muitas opções, veio para a rua da loja The Shop Around the Corner, e Kathleen Kelly (Meg Ryan) precisou então fazer uma escolha de como lidar com a situação. A livraria infantil, herdada de sua mãe, representava muita coisa. Havia mais do que um mero negócio. Havia lembranças, sonhos e esperança de estabilidade, de continuidade, de perpetuidade. Apesar de ter relutado, a vida acabou tomando a escolha - inevitavelmente. Porque, às vezes, queremos que algo em nossas vidas sobreviva, não passe nunca, continue... Mas, como poderíamos, dessa forma, conhecer as novidades, descobrir novos objetivos e realizar novas vontades?




"A única utilidade de cafés como o Starbucks é fazer pessoas que não têm capacidade de tomar decisões tomar seis decisões para comprar um café. Curto, longo, puro, com leite, normal descafeinado, light, desnatado, etc. Assim, pessoas que não sabem o que estão fazendo ou quem elas mesmas são podem, por apenas $ 2,95, não apenas comprar um café, mas também um senso de "eu" que as define. Longo. Descafeinado. Cappuccino!" - Joe Fox (Tom Hanks)  

Engraçado que, na verdade, esse filme é uma releitura de outro mais antigo, de 1940, chamado "A Loja da Esquina" (The Shop Around the Corner), dirigido por Ernst Lubitsch e estrelado por Margaret Sullavan e James Stewart. Mas, nesse caso, os dois concorrentes/amantes eram amigos por correspondência. Com certeza, terá alguém por aí sentindo um toque nostálgico pelas cartas tal como senti ao ouvir a internet discada e lembrar que tínhamos que aguardar a conexão ser concluída para ficar online.





Talvez, o tema desse post não tenha sido antigo de forma alguma. Na verdade, acredito que o filme sobre o qual escolhi escrever foi bastante atual até. Os anos passam, as coisas mudam, mas as histórias de amor e os problemas da vida continuam. Quem sabe como será a próxima versão do filme? Perfis no Tinder? Twitter? Alguma rede social que ainda nem surgiu? Seja como for, não importa a tecnologia do momento. O filme mostra que o mais importante é saber quem somos, quem amamos, o que queremos e para onde vamos a partir de agora. Longo, descafeinado, cappuccino!






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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Mesmo Se Nada Der Certo, um dos filmes mais surpreendentes dos últimos anos




Provavelmente, você já viu filmes musicais. Com certeza, já viu muitos filmes que se passam em Nova York. O que você ainda não viu é um bom filme sobre a indústria fonográfica que mistura amor à música com os desprazeres e problemas dessa vida mundana, repleta de planos que dão errado, mas que também conta com alguns bem sucedidos. “Mesmo Se Nada Der Certo” (2014), roteirizado e dirigido por John Carney, é aquele filme que, à primeira vista, parece ser mais um clichê norte-americano. Seu elenco traz artistas de renome e a trilha sonora é de fato muito boa – Lost Stars até mesmo recebeu indicação ao Oscar 2015 de melhor canção original. Você então considera deixar de assisti-lo pela simples sensação de que já vira outras tantas produções exatamente iguais a essa. Na verdade, não o deixe de lado. Esse é um dos filmes mais surpreendentes –  no bom sentido – dos últimos tempos.


Keira Knightley e Mark Ruffalo interpretam os protagonistas que encantam o público ao longo dos 104 minutos dessa história. Ao se mudar para a Big Apple para morar com o namorado pop star, interpretado por Adam Levine, Gretta (Keira Knightley) tinha sonhos, energia e positividade. O relacionamento, contudo, não foi para frente e ela se viu sozinha em um lugar estranho. Nessas horas, fez o que boa parte das pessoas faria: buscou refúgio na casa de um dos seus melhores amigos. Numa noite, em um bar, ele a convida a tocar uma de suas músicas para a plateia. Dan (Mark Ruffalo), um produtor de música que naquele mesmo dia havia sido demitido, a ouve cantar e, como num passe de mágica, enxerga todo o potencial da desconhecida artista.

Os dois começam, então, a trabalharem juntos na produção de um CD com as músicas  compostas por Gretta. Sem grandes recursos, contam com a ajuda dos amigos e de artistas dispostos a fazerem boa música, gravando em tudo que é lugar de Manhattan. Dan não apenas resgata, pouco a pouco, seu profissionalismo, como também restabelece os laços com sua filha adolescente e sua ex-mulher, além de desenvolver um forte vínculo de amizade com Gretta.

Corações partidos, dramas adolescentes e paisagens nova-iorquinas. O filme traz tudo isso, mas vai muito além. Apresenta ainda as mudanças quanto à forma de se produzir e consumir música. Qual é o papel das grandes gravadoras no contexto atual, em que basta uma pessoa influente nas redes sociais para dar reconhecimento a um bom artista desconhecido? O que é preciso para alcançar o sucesso? E como superar os baques que a vida dá sem dispor de um botão de pause no display? Ora, mesmo se nada der certo, ainda podemos levar o momento adiante ouvindo uma boa música. Em alguma hora, a vida troca de disco e podemos começar tudo de novo.



quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Por que eu sou Charlie

Feito por Lucille Clerc

Na manhã desta quinta-feira, 15 de janeiro, o jornal francês "La Voix du Nord" publicou uma matéria sobre as vendas do primeiro exemplar do Charlie Hebdo após os ataques na semana passada na redação onde era produzido, em Paris, resultando na morte de 12 pessoas por terroristas. Me chamou atenção o fato do aumento das tiragens devido à repercussão que esse caso tomou internacionalmente.

Separei o seguinte trecho que fala do sucesso das vendas em Lille, no norte da França, cidade em que morei por seis meses e, portanto, gosto de acompanhar as notícias referentes a ela. (A tradução está abaixo).

"A Lille par exemple, le Furet du Nord devrait en recevoir une centaine ce mercredi, et 500 exemplaires supplémentaires dès jeudi. A 8 heures déjà, de nombreuses personnes attendaient devant le magasin... qui ouvre à 9h30. Gare Lille-Europe, le Relay qui ouvre à 6h30, n’avait plus d’exemplaires à 6h35. Les clients déçus du Furet du Nord se sont ensuite rendus à la Fnac, où plusieurs dizaines de personnes faisaient également déjà la queue. Au final, ce sont près de deux cents personnes qui attendaient l’ouverture du magasin, à 10 heures, alors qu’il n’y avait que 22 exemplaires disponibles. Dès jeudi, la Fnac de Lille disposera de 200 exemplaires." La Voix du Nord


Tradução:

Em Lille, por exemplo, a livraria Furet du Nord deveria receber cem exemplares nesta quarta-feira, e 500 suplementares na quinta. Já às 8h, muitas pessoas aguardavam em frente à loja, que abre as portas às 9h30. A loja de revistas Relay, na estação de trem Lille-Europe, que abre às 6h30, os exemplares esgotaram-se às 6h35. Os clientes decepcionados da Furet du Nord se renderem à Fnac, onde várias dezenas de pessoas faziam igualmente uma fila. No final das contas, aproximadamente 200 pessoas aguardavam a abertura da loja, às 10h, sendo que havia apenas 22 exemplares. Na quinta-feira, a Fnac de Lille disponibilizará 200.

Ou seja, o atentado só aumentou a popularidade do jornal. Isso mostra que a atitude de tentar impor respeito saiu pela culatra. Respeito é algo a ser conquistado. Eu sou Charlie não porque acho as charges engraçadas ou apropriadas, mas porque os cartunistas estavam no direito deles de desenharem o que eles quisessem. Se passaram do limite ético ou não, é outra história. Antes, a tiragem era de 60 mil. O último exemplar teve tiragem de milhões de cópias, inclusive em outros idiomas. 

Só espero que, com o tempo, sejamos capazes de respeitar nossos limites. Acredito que seja importante também respeitar a liberdade do outro. 

Se alguém te ofende, o que você faz? Ofende de volta? Mata? Se revolta? 

Eu vi algumas charges fazendo piada com a minha religião. Vi e não perdi minha fé, continuo  sendo quem sou. Minha integridade firme e forte. Mas sei que quem as desenhou é diferente e se eles acham engraçado é opinião deles. Se não pudessem publicá-las provavelmente continuariam fazendo piadas entre si e trocando os desenhos entre si e continuando a ser quem eles são. 

Quando vejo uma frase do tipo: "Nada justifica o ataque, mas...", ou "Apesar de nada justificar o ataque,...", me sinto mal... Ao invés disso, eu digo: nada justifica o ataque (ponto). 

Quanto às outras formas de violência, também acho que mereçam atenção da mídia. A falta de informações sobre o grupo Boko Haram na África me incomoda. O que estão fazendo para contê-los? Como eles conseguiram matar cerca de duas mil pessoas na Nigéria? Como não somos bombardeados por notícias sobre isso da mesma forma que outros temas? Provável haver mais notícias sobre os novos participantes do BBB compartilhadas no Facebook do que sobre esse caso da Nigéria (dentre tantas outras coisas). 

Enfim, há muito o que ser melhorado na mídia. Mas não é tirando a voz de uns que isso vá resolver, mas dando voz ao que realmente precisa.