O nosso objetivo era reunir o máximo de informação para divulgarmos no portal da faculdade, que ainda não está no ar - mas espero que em breve as pessoas já possam conferir nosso trabalho.
Ao andar pela Cúpula, notei que havia muito comércio. E não fui a única a perceber isso. Enquanto conversava com o Diego Santiago, na quinta-feira (21), ele também afirmou que a Cúpula estava bastante comercial. Apesar de ter achado a Cúpula interessante, por conhecer pessoas e culturas, segundo ele, pareceu ser um evento indígena, porque havia muitos índios vendendo seus artefatos.
No outro extremo, o índio Guarapirá Pataxó, de uma aldeia do sul da Bahia, disse que a Cúpula serviu para que eles mostrassem sua cultura e seu artesanato. Ele ainda chamou atenção para a imagem que a sociedade faz do índio e como ela pode ser preconceituosa. Guarapirá declarou que o índio de hoje não é mais aquele de 1500 e que se está falando ao celular ou usando a internet, ele não deixa de índio por causa da modernidade.
O comércio na Cúpula não se restringiu ao artesanato indígena, como o da aldeia do Guarapirá. Na verdade, foi crescendo a cada dia e, já na sexta-feira, o número de ambulantes era bem maior. Camisetas com os "memes", mochilas, fantoches, bijuterias-clássicas-facilmente-encontradas-em-camelôs, são alguns exemplos das bugigangas vendidas por lá.
É claro que a o evento não se resumiu a transações comerciais. Havia tendas espalhadas por todo o Aterro, como esta do Greenpeace na foto à esquerda.
Pessoal do MST foi em peso e gente de outros estados apareceu no Rio, como uma galera que levou uma petição de aumento da licença maternidade para as pessoas assinarem.
Manifestações ocorriam a todo momento, como os protestos das mulheres, que pediam respeito, igualdade e liberdade.
Ou o protesto do grupo de jovens, no vídeo abaixo, contra a forma como os animais são tratados. Eles chamavam a atenção para a relação que existe entre o homem e o planeta.
O importante disso tudo, é a mensagem que fica. É preciso tomarmos uma atitude já. E isso não vale apenas para esse mês de Rio +20, pelo contrário, é uma mudança em nossos hábitos que se inicia agora e não terá mais fim. Que hábitos seriam esses? Ora, hábitos de consumo, de transporte, de respeito. Afinal, a sustentabilidade tem 3 pilares, o econômico, o social e o ambiental. Como disse Fernando Tinguá - na foto ao lado - precisamos dar oportunidade ao planeta, para que o planeta dê oportunidade às futuras gerações.
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