terça-feira, 26 de junho de 2012

Cúpula dos Povos ~ Diversidade ~ Sustentabilidade

Participar da Cúpula dos Povos foi uma experiência incrível. Eu e umas meninas da faculdade entrevistamos diversas pessoas dos mais variados lugares, como Suécia, El Salvador, Finlândia, Estados Unidos, Alemanha, França, Rússia, fora os brasileiros que vieram de outros estados para se envolver nesse evento histórico.

O nosso objetivo era reunir o máximo de informação para divulgarmos no portal da faculdade, que ainda não está no ar - mas espero que em breve as pessoas já possam conferir nosso trabalho.

Ao andar pela Cúpula, notei que havia muito comércio. E não fui a única a perceber isso. Enquanto conversava com o Diego Santiago, na quinta-feira (21), ele também afirmou que a Cúpula estava bastante comercial. Apesar de ter achado a Cúpula interessante, por conhecer pessoas e culturas, segundo ele, pareceu ser um evento indígena, porque havia muitos índios vendendo seus artefatos.

No outro extremo, o índio Guarapirá Pataxó, de uma aldeia do sul da Bahia, disse que a Cúpula serviu para que eles mostrassem sua cultura e seu artesanato. Ele ainda chamou atenção para a imagem que a sociedade faz do índio e como ela pode ser preconceituosa. Guarapirá declarou que o índio de hoje não é mais aquele de 1500 e que se está falando ao celular ou usando a internet, ele não deixa de índio por causa da modernidade.

O comércio na Cúpula não se restringiu ao artesanato indígena, como o da aldeia do Guarapirá. Na verdade, foi crescendo a cada dia e, já na sexta-feira, o número de ambulantes era bem maior. Camisetas com os "memes", mochilas, fantoches, bijuterias-clássicas-facilmente-encontradas-em-camelôs, são alguns exemplos das bugigangas vendidas por lá.


É claro que a o evento não se resumiu a transações comerciais. Havia tendas espalhadas por todo o Aterro, como esta do Greenpeace na foto à esquerda.

Pessoal do MST foi em peso e gente de outros estados apareceu no Rio, como uma galera que levou uma petição de aumento da licença maternidade para as pessoas assinarem.







Manifestações ocorriam a todo momento, como os protestos das mulheres, que pediam respeito, igualdade e liberdade.

Ou o protesto do grupo de jovens, no vídeo abaixo, contra a forma como os animais são tratados. Eles chamavam a atenção para a relação que existe entre o homem e o planeta.






O importante disso tudo, é a mensagem que fica. É preciso tomarmos uma atitude já. E isso não vale apenas para esse mês de Rio +20, pelo contrário, é uma mudança em nossos hábitos que se inicia agora e não terá mais fim. Que hábitos seriam esses? Ora, hábitos de consumo, de transporte, de respeito. Afinal, a sustentabilidade tem 3 pilares, o econômico, o social e o ambiental. Como disse Fernando Tinguá - na foto ao lado - precisamos dar oportunidade ao planeta, para que o planeta dê oportunidade às futuras gerações.


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